"Os israelenses começaram a construir, em junho de 2002, entre Israel e a Cisjordânia um "muro de proteção" destinado a impedir ataques palestinos.
A construção do "muro de proteção" foi requisitada pela direita e esquerda israelenses, após a onda de atentados suicidas que atingiu Israel desde o início da segunda Intifada (revolta palestina contra a ocupação israelense) no final de setembro de 2000.
Para a esquerda israelense, a barreira deve respeitar o mais fielmente possível o traçado da "linha verde" entre Israel e a Cisjordânia --limite imposto por Israel após a Guerra dos Seis Dias entre israelenses e árabes, em 1967. Já a direita, encabeçada pelo primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, quer que divisão agrupe o maior número possível de colônias judaicas nos territórios palestinos.
O primeiro trecho da obra, com 147 km de extensão, foi concluído no dia 1º de agosto.
Com extensão prevista de 350 km, o "muro de proteção" deve cobrir do norte ao sul a "linha verde" e englobar também o setor oriental de Jerusalém, anexado por Israel desde 1967, e onde os palestinos pretendem construir um dia a capital do seu Estado.
Em certos lugares, como na região da cidade palestina de Qalqiliya, o "muro de proteção" chegaria à altura de oito metros. Em alguns pontos, a construção tem 45 metros de largura, que em outros pontos pode chegar a 75 ou 100 metros.
Prevê-se que a construção vá custar US$ 1 bilhão. Até agora, acredita-se que a obra defensiva já custou cerca de US$ 2 milhões ao Estado de Israel."
"Alunos e funcionários do liceu de Anata, no subúrbio de Jerusalém, ficaram perplexos após toparem com um muro de concreto de oito metros de altura, erguido durante o último fim de semana por Israel e que agora divide em dois o estabelecimento.
O muro cruza o pátio do liceu, isolando as quadras de futebol e de vôlei da escola e deixando para os 800 alunos um espaço estreito e limitado para o recreio e as atividades esportivas.
Anata fica no subúrbio, ao norte de Jerusalém Oriental, ocupado e anexado por Israel, e é um dos bairros da Cidade Santa por onde passa o muro.
"Fomos surpreendidos na semana passada quando vimos o exército iniciar os trabalhos na metade da escola. Continuaram à noite e durante a sexta-feira (30)", explicou Elayan.
A parte da escola situada do outro lado foi anexada de fato em benefício da colônia judaica de Pisgat Zeev, que supostamente será protegida pelo muro."
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