tag:blogger.com,1999:blog-278712432024-03-05T09:08:07.207+00:00Homens FelizesPor que é que os homens não são felizes?Unknownnoreply@blogger.comBlogger104125tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-24347270165212916772012-11-03T10:43:00.001+00:002012-11-03T10:59:35.663+00:00Hoje ser menino<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://sphotos-c.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-prn1/60210_4255185711529_328855825_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://sphotos-c.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-prn1/60210_4255185711529_328855825_n.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Pudesse hoje ser quem sou<br />
sem ter perdido o menino que fui.<br />
O menino que acreditava,<br />
que sonhava,<br />
que construía<br />
que se deitava na relva<br />
e ao ver as nuvens mexer<br />
voava entre elas<br />
o menino que quando se levantava<br />
tinha o mundo a seus pés.<br />
Pudesse hoje ser quem sou<br />
sem ter esquecido o menino que fui<br />
há já tanta coisa que não me lembro.<br />
Possa eu hoje ser quem sou<br />
acreditando que amanhã<br />
serei ainda o menino que sempre fui. <br />
<br />Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/14910255538495730251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-15380933738242562582011-03-12T12:40:00.001+00:002011-03-12T12:41:16.953+00:00MANIFESTO ANTI-DANTES<p class="MsoNormal">FALAM DO DANTES COMO UM HERÓI, MAS ELE É NADA, ELE É MENOS DE NADA! O DANTES É INCULTO E INCAPAZ, FEIO E FÚTIL, BRUTO E BRONCO, IGNÓBIL E IGNORANTE!<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">O DANTES SABE TANTO DE ARTE QUE SE VISSE O GUERNICA COLORIA-O A AZUL!<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">O DANTES TEM UM OLHO MUITO ABERTO E É CEGO DOS OUTROS DOIS!<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">O DANTES NASCEU JÁ VELHO E SENIL! E A CADA DIA QUE PASSA MAIS VELHO SE TORNA, A CADA DIA MAIS SENIL!<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">OIÇO COMENTAREM NO AUTOCARRO<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">- Dantes é que era,<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">E NÃO POSSO DEIXAR DE PENSAR QUE DANTES NÃO ERA, NUNCA FOI!<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">O DANTES DELES VIVE NUMA CASA COM VISTA PARA O MAR, NO MEIO DE UM CAMPO FLORIDO. UMA CASA COR-DE-ROSA, UM PÔR-DO-SOL COR DE ROSA, UM MAR COR-DE-ROSA, E FLORES COR-DE-ROSA. O DANTES PASSEIA-SE NO SEU BENTLEY COR-DE-ROSA E POR ONDE PASSA AS PESSOAS COR-DE-ROSA CUMPRIMENTAM-NO SEMPRE. PORQUE NO PAÍS DO DANTES TODAS AS PESSOAS SÃO COR-DE-ROSA.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">ABAIXO O COR-DE-ROSA!<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">NÃO HÁ LADRÕES NO PAÍS DO DANTES! NÃO HÁ POBRES NO PAÍS DO DANTES! NÃO HÁ NADA NO PAÍS DO DANTES! NEM PAÍS!<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">NA ESCOLA DO DANTES TODA A GENTE SABE ESCREVER O QUE É PRECISO: UMA CRUZ PARA ASSINAR POR BAIXO AS PALAVRAS DO DANTES!<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">O DANTES É UM NECRÓFILO HERMAFRODITA COM AMNÉSIA! O DANTES COME CRIANÇAS AO PEQUENO-ALMOÇO; ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS AO ALMOÇO; DESEMPREGADOS À SOBREMESA; E AO JANTAR OS ASSALARIADOS, OS PENSIONISTAS E OS OUTROS!<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">O DANTES TEM CARUNCHO! O DANTES É CARUNCHO!<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">MORRA O DANTES MORRA!<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">PORQUE BASTA DE UM PAÍS QUE VIVE PRESO A UM PASSADO QUE NUNCA FOI E A TEMER UM FUTURO QUE NUNCA SERÁ, SEM NUNCA ENFRENTAR O AGORA!<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">MORRA O DANTES MORRA!<o:p></o:p></p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08694954787136306322noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-5386267025826851882011-03-08T12:16:00.005+00:002011-03-08T16:03:41.749+00:00Em defesa do Dia da MulherO Dia da Mulher é um dia controverso, principalmente entre as mulheres. O principal argumento para o considerar um dia machista e despristigiante para a mulher é o parecer que a mulher só tem direito a um dia seu em todo o ano e os outros 364 ou 365 pertencessem ao homem. Que a igualdade de direitos entre mulher e homem devia ser tão óbvia que não precisaria de um dia em particular para o lembrar.<br /><br />Acho que o Dia da Mulher, no entanto, pode não ser tão fútil e mesquinho como alguns o querem fazer parecer.<br /><br />Em Portugal, no dia 25 de Abril, celebra-se a conquista da liberdade e da democracia. Não quer dizer que não devamos celebrar todos os dias, através dos nossos actos como cidadãos, a nossa liberdade e a nossa democracia. Quer apenas dizer que há um dia no calendário em que nos certificamos de que não nos esqueçamos disso, e de preferência que fique na memória para o resto do ano. Nesse e noutros assuntos, é importante fazer contas aos direitos adquiridos ao longo dos tempos para que não se volte ao passado.<br /><br />Por outro lado, os telejornais esquecem depressa as notícias. De vez em quando lembram-se de falar das muitas mulheres vítimas de violência doméstica, ao abrigo de um crime mais grave ou de um estudo mais chocante que consegue um canto nas primeiras páginas de um jornal. Mas o assunto morre depressa e fica por aí, porque o mundo das notícias não se compadece com desgraças quotidianas mas apenas com as inusitadas.<br /><br />A juntar a estes factos, e antes de partir para uma conclusão, há que ter em conta os milénios da história em que eram negados às mulheres os direitos mais básicos. É bonito dizer que, no século XXI, já devia estar tudo resolvido, no que diz respeito à luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres. Essa luta chama-se "feminismo", e não "igualitismo", por alguma razão. Milénios de história não se alteram em coisa de dias, nem de anos. Num século mudou muita coisa, mas não tudo.<br /><br />E é por isso que é importante haver um dia que lembre o que há ainda por fazer. Porque é preciso ser notícia e porque o mundo só pula e avança a um ritmo muito lento e porque é necessário não regredir em assuntos como este.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08694954787136306322noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-53426981032172815172011-03-02T18:50:00.002+00:002011-03-05T18:37:08.447+00:00A memória e a vida<div style="padding-bottom: 0px; margin: 0px auto; padding-left: 0px; width: 448px; padding-right: 0px; display: block; float: none; padding-top: 0px" id="scid:5737277B-5D6D-4f48-ABFC-DD9C333F4C5D:72771c62-6f11-49d5-9e24-c4c74ada130d" class="wlWriterEditableSmartContent"><div id="461f0d57-44c1-4fea-ba18-9c0fcb050e03" style="margin: 0px; padding: 0px; display: inline;"><div><object width="448" height="252"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/3Dsz4dB6DuM?hl=en&hd=1"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/3Dsz4dB6DuM?hl=en&hd=1" type="application/x-shockwave-flash" width="448" height="252"></embed></object></div></div></div>Quando se fala da eternidade de um artista não se pensa, é claro, na eternidade da sua vida, aqui ou no além, mas na imortalidade da sua obra. Porque dura para além do seu corpo e fica ainda nos livros e catálogos e na memória dos que a viram e irão ver. Quer isto dizer que nós vivemos também na memória dos outros? <p>Há 9 anos morreu uma mulher e (quase) ninguém deu por nada, até ser encontrada no seu próprio apartamento. A solidão também é uma morte em si mesma? E se não somos o que os outros vêem em nós, mas o que nós vemos em nós próprios, deixaremos de existir quando doenças como o Alzheimer corrompem irreversivelmente a nossa memória? </p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08694954787136306322noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-26838586471445874012010-11-28T12:08:00.002+00:002011-03-04T10:29:21.251+00:00Dream Theater - The Silent Man<iframe title="YouTube video player" width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/JKECi-8nS1Q" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br />"A question well served,<br />"Is silence like a fever?"<br />"A voice never heard?"<br />"Or a message with no receiver?"<br /><br />Pray they won't ask<br />Behind the stained glass<br />There's always one more mask<br /><br />Has man been a victim<br />of his woman, of his father?<br />if he elects not to bother,<br />will he suffocate their faith?<br /><br />Desperate to fall<br />Behind the Great Wall<br />That separates us all<br /><br />When there is reason<br />Tonight I'm Awake<br />when there's no answer<br />Arrive the Silent Man<br /><br />If there is balance<br />tonight He's Awake<br />If they have to suffer<br />There lies the Silent Man<br /><br />Sin without deceivers<br />A God with no believers<br />I could sail by<br />on the Winds of Silence<br />And maybe they won't notice<br />But this time I think<br />It'd be better if I swim<br /><br />When there is reason<br />Tonight I'm Awake<br />When there's no answer<br />Arrive the Silent Man<br />If there is balance<br />Tonight he's Awake<br />But if they have to suffer<br />There lies the Silent Man"Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/14910255538495730251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-12928056603091045822010-11-26T01:04:00.001+00:002010-11-26T01:05:05.529+00:00Science of Hapiness<object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/0ZLy81gpebs?fs=1&hl=pt_PT"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/0ZLy81gpebs?fs=1&hl=pt_PT" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object>Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/14910255538495730251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-69089192942123891942010-11-21T23:05:00.001+00:002010-11-21T23:05:55.297+00:00E é tão simples!<object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/-Hc1kFvUTT4?fs=1&hl=pt_PT&color1=0x006699&color2=0x54abd6"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/-Hc1kFvUTT4?fs=1&hl=pt_PT&color1=0x006699&color2=0x54abd6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object>Homens Felizeshttp://www.blogger.com/profile/01225962584727890289noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-62446949043554991902010-11-21T22:48:00.001+00:002010-11-21T22:53:08.334+00:00Hapiness<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/vLGlMbi7w3g?fs=1&hl=pt_PT&color1=0x006699&color2=0x54abd6"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/vLGlMbi7w3g?fs=1&hl=pt_PT&color1=0x006699&color2=0x54abd6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Talvez as línguas sejam diferentes, mas o sentimento é universal!Homens Felizeshttp://www.blogger.com/profile/01225962584727890289noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-12032233391767998102010-09-04T08:49:00.001+01:002010-09-04T08:51:32.064+01:00Muros - Inclusão<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/-F0xVVxJcOQ?fs=1&hl=pt_PT&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/-F0xVVxJcOQ?fs=1&hl=pt_PT&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/14910255538495730251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-73715867387498658712010-01-05T03:13:00.000+00:002010-01-05T03:14:37.194+00:00Televisão para quê?<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/nW3H5M9XWAw&hl=pt_BR&fs=1&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/nW3H5M9XWAw&hl=pt_BR&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>7depaushttp://www.blogger.com/profile/09169241477746611205noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-26160369917846329132010-01-01T23:08:00.004+00:002010-01-02T17:14:01.110+00:002010É preciso ter loucura<br />É preciso sonhar<br />É preciso amar<br />É preciso ser um James Dean<br />É preciso gritar<br />É preciso ouvir o Frank Sinatra<br />É preciso encontrar o tesouro<br />É preciso ajudar os outros a encontrar o tesouro<br />É preciso perceber o David Lynch<br />É preciso conhecer o homem elefante<br />É preciso haver Natal nos outros meses<br />É preciso perder tempo para os outros<br />É preciso ensinar<br />É preciso motivar<br />É preciso muita coisa em 2010.7depaushttp://www.blogger.com/profile/09169241477746611205noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-81086730455589677712009-12-03T11:33:00.003+00:002009-12-03T11:36:18.310+00:00Muros: O outro lado dos piratas somalis...<span class="Apple-style-span" style=" color: rgb(255, 255, 255); -webkit-border-horizontal-spacing: 10px; -webkit-border-vertical-spacing: 10px; font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:12px;"><p><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(51, 51, 0); font-weight: bold; font-size:20px;">"Piratas” Somalis: A luta contra o arrasto e as descargas de lixo tóxico </span></p><p><span class="pret_art" style=" font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 0); font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:11px;"></span></p><blockquote><img src="http://www.odiario.info/b2-img/SOMALIA.jpg" alt="" align="right" border="1" /><br /><br />Ainda não se esfumaram os ecos da notícia de que a fragata portuguesa Álvares Cabral ao serviço da NATO capturou um grupo de piratas somalis que atacou o navio de pesca espanhol.<br />Mas…, serão piratas ou pescadores/defensores das suas águas territoriais contra a Pesca Ilegal Não Declarada e Não Regulamentada?...<br /><br /><br /></blockquote><span class="firma_art" style=" font-style: italic; font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 0); font-family:'Times New Roman', Times, serif;font-size:14px;">Najad Abdullahi/ Johann Hari / Mohamed Abshir Waldo </span>- <span class="pret_portgris" style=" font-weight: normal; color: rgb(153, 153, 153); font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:11px;">03.12.09<br /></span><p></p><p class="text_art" style=" color: rgb(51, 51, 0); font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:12px;">A comunidade internacional condenou com vigor e declarou guerra aos piratas/pescadores somalis, enquanto protege discretamente as operações das suas frotas dedicadas á Pesca Ilegal Não Declarada e Não Regulamentada (IUU, sigla em inglês) procedentes de todo o mundo, que pescam furtivamente e, além disso, descarregam lixos tóxicos em águas somalis desde que caiu o governo desse país há 18 anos. Quando colapsou o governo da Somália, em 1991, os interesses estrangeiros aproveitaram a oportunidade para começar a saquear as fontes alimentares do mar do país e a utilizar as águas sem vigilância como depósito de resíduos nucleares e tóxicos.<br /><br />Segundo o Grupo de Trabalho de Alto Mar (HSTF, sigla em inglês), em 2005 mais de 800 barcos pesqueiros IUU operavam ao mesmo tempo em águas da Somália, aproveitando-se da incapacidade de o país vigiar e controlar as suas próprias águas e zonas de pesca. Os barcos IUUs retiram anualmente aproximadamente 450 milhões de dólares em mariscos e peixes das águas somalis. Assim roubam uma fonte inestimável de proteínas a uma das nações mais pobres o mundo e arruínam o sustento de vida legítimo dos pescadores.<br /><br />As reclamações contra a descarga de lixos tóxicos, assim como a pesca ilegal, têm existido desde princípios dos anos 90, mas as provas físicas surgiram quando o tsunami de 2004 fustigou o país. O Programa do Ambiente das Nações Unidas (UNEP, sigla em inglês) relatou que o tsunami rebentou os ferrugentos contentores de resíduos tóxicos, que se derramaram pelas margens de Puntland, no norte da Somália.<br /><br />Nick Nuttall, porta-voz do UNEP, disse á cadeia árabe Al-Jazera que, quando os contentores se romperam ou foram abertos pela força das ondas, expuseram á luz uma “actividade espantosa” que se tinha estado levando a cabo durante mais de una década. “A Somália está a ser utilizada como lixeira para resíduos perigosos desde o começo dos anos 90, e continuou com a guerra civil deflagrada nesse país”, disse. “O lixo é de muitas classes diferentes. Há detritos radioactivos de urânio, os principais e metais pesados como cádmio e mercúrio. Também há lixo industrial, detritos de hospital, lixos de substâncias químicas e tudo o que se queira mencionar”.<br /><br />Nuttall também disse que desde que os contentores chegaram ás praias, centenas de residentes ficaram doentes, afectados por hemorragias abdominais e da boca, infecções na pele e outras doenças. “O mais alarmante aqui é que se está descarregando lixo nuclear. O lixo radioactivo de urânio está matando potencialmente os somalis e está destruindo totalmente o oceano”, disse.<br /><br />Ahmedou Ould-Abdallah, enviado da ONU para a Somália, disse que na prática o petróleo contribuiu para a guerra civil de 18 anos na Somália, pois as companhias pagam para descarregar o seu lixo aos ministros do governo e/ou aos líderes da milícia. “Não há controlo governamental (…) mas sim poucas pessoas com elevada base moral (…), estão pagando a gente do topo, mas por causa da fragilidade do “governo federal transitório”, algumas destas corporações agora nem sequer consultam as autoridades: simplesmente descarregam o lixo e vão-se embora”.<br /><br />Em 1992 os países membros da União Europeia e outras 168 nações assinaram a Convenção de Basileia, sobre o controlo de movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos e seu armazenamento. O convénio proíbe o comércio de lixo entre os países signatários, assim como também aos países que não assinaram o acordo, a menos que tenha sido negociado um acordo bilateral. Também proíbe o envio de detritos perigosos para zonas de guerra.<br /><br />Assombrosamente, a ONU não atendeu aos seus próprios princípios e ignorou súplicas somalis e internacionais para deter a devastação contínua dos recursos marinhos somalis e a descarga de lixo tóxico. As violações também foram largamente ignoradas pelas autoridades marítimas da região. Este é o contexto em que apareceram os homens a que estamos chamando “piratas”.<br /><br />Há acordo em que no principio foram os pescadores somalis comuns quem usou lanchas rápidas para tentar dissuadir os barcos descarregadores e arrastões, ou pelo menos aplicar-lhes um “imposto”. Chamaram a si mesmos “Guarda-costas Voluntários da Somália”.<br /><br />Um dos líderes dos piratas, Sugule Ali, explicou que o seu motivo foi “pôr fim á pesca ilegal e ás descargas nas nossas águas… Não nos consideramos bandidos do mar. Consideramos que os bandidos do mar (são) os que pescam ilegalmente e descarregam lixo. Nós trazemos armas mas nos nossos mares”.<br /><br />O jornalista britânico Johann Hari observou no Huffington Post que, enquanto nada justifica a tomada de reféns, os “piratas” têm, de maneira desconcertante, o apoio da população local que lhes dá razão. O sitio web independente WardherNews [1], da Somália, conduz a melhor investigação que temos sobre o que pensa o somali comum. Descobriu que 70% “apoia fortemente a pirataria como uma forma de defesa nacional das águas territoriais do país”.<br /><br />Em vez de tomar medidas para proteger a população e as águas da Somália contra as transgressões internacionais, a resposta da ONU a esta situação foi aprovar resoluções agressivas que dão direitos e animam os transgressores a empreender a guerra contra os piratas somalis.<br /><br />Um coro de países que pede para endurecer a acção internacional conduz a uma precipitação naval multinacional e unilateral para invadir e tomar o controlo das águas somalis. O Conselho de Segurança da ONU (de que alguns membros podem ter muitos motivos ocultos para proteger indirectamente as suas frotas pesqueiras ilegais em águas somalis) aprovou as resolução 1816, em Junho de 2008, e 1838, em Outubro de 2008, que “convidam os estados interessados na segurança das actividades marítimas a participar activamente na luta contra a pirataria em alto mar fora das costas de Somália, particularmente disponibilizando navios de guerra e aviões militares…”<br /><br />A NATO e a União Europeia emitiram ordens para o mesmo efeito. A Rússia, o Japão, a Índia, a Malásia, o Egipto e o Iémen juntaram-se á batalha, juntamente com um número cada vez maior de países.<br /><br />Durante anos, as tentativas realizadas para controlar a pirataria nos mares do mundo através de resoluções da ONU não puderam aprovar-se, em grande parte porque as nações membro sentiam que tais acordos afectariam a sua soberania e segurança. Os países são pouco propensos a ceder o controlo e a patrulha das suas próprias águas. As resoluções 1816 e 1838 da ONU, às quais se opuseram algumas nações da África Ocidental, do Caribe e América do Sul, por conseguinte, foram estabelecidas para se aplicar somente á Somália, um país que não tem nenhuma representação nas Nações Unidas com força para exigir emendas destinadas a proteger s sua soberania. Igualmente, foram ignoradas as objecções da sociedade civil somali ao projecto de resolução, que não fez nenhuma menção á pesca ilegal nem aos perigos da descarga de lixo.<br /><br />Hari perguntou: “Esperamos que os somalis esfomeados permaneçam passivamente nas suas praias, remando entre o nosso lixo nuclear, e nos observem como lhes arrebatamos os seus peixes para os comermos em restaurantes de Londres, Paris e Roma? Não temos actuado contra esses crimes. Mas quando alguns pescadores responderam interrompendo o trânsito no corredor marítimo de 20% do abastecimento de petróleo do mundo, começámos a gritar sobre esta “maldade”. Se realmente queremos ocuparmo-nos da pirataria, necessitamos extirpar a raiz que a causa – os nossos crimes - , antes de enviar as canhoneiras para libertar a rota de criminosos somalis”.<br /><br />Actualização de Mohamed Abshir Waldo (de “WardheerNews”)<br /><br />As crises de pirataria múltipla na Somália não diminuíram desde o meu artigo anterior, “As duas piratarias na Somália: Por quê uma palavra ignora a outra?”, publicado em Dezembro de 2008. Continua com nova pujança toda a pirataria ilegal de pesca, a descarga de lixo e o tráfico marítimo ilegal. Os pescadores somalis, convertidos em piratas como reacção á pesca furtiva massiva estrangeira armada, intensificaram a sua guerra contra toda a espécie de navios no golfo de Adén e o Oceano Índico.<br /><br />Numa resposta internacional, os governos estrangeiros, as organizações internacionais e os grandes meios de informação uniram-se para demonizar a Somália e descrever os seus pescadores como homens malvados que surpreendem os navios e aterrorizam os marinheiros (ainda que não se tenha danificado nenhum). Esta apresentação é distorcida. Os grandes meios disseram relativamente pouco sobre as outras piratarias, a da pesca ilegal e a descarga de lixo.<br /><br />As marinhas de guerra aliadas do mundo – com uma frota superior a 40 vasos de guerra, dos quais 10 asiáticos, árabes e de países africanos, assim como de muitas nações membros da NATO e da União Europeia – intensificaram a sua caça aos pescadores-piratas somalis, sem se importarem se estes realmente praticam a pirataria ou a pesca normal nas águas somalis.<br /><br />As diversas reuniões do Grupo Internacional de Contacto para a Somália (ICGS, sigla em inglês) em Nova York, Londres, Cairo e Roma continuam intensificando a demonização dos pescadores somalis e impulsionam outras acções punitivas, sem uma única menção ás violações da pesca ilegal e a descarga tóxica de navios com bandeira daqueles mesmos países que se sentam nos foros do ICGS e da ONU para julgar a pirataria.<br /><br />Na reunião anti-pirataria do ICGS no Cairo, em 30 de Maio de 2009, o Egipto e a Itália foram os países que mais insistiram em pedir um castigo severo para os piratas-pescadores somalis. Enquanto estes países ICGS se reuniam em Roma (10 de Junho de 2009), a comunidade local da cidade costeira somali de Las Khorey reteve uma barcaça italiana e dois barcos arrastões egípcios abarrotando de peixes capturados ilegalmente nas águas somalis, que por sua vez rebocavam dois enormes tanques suspeitos de conter lixo tóxico ou nuclear. A comunidade de Las Khorey convidou peritos internacionais a que viessem investigar estes casos, mas até agora não houve resposta ao convite.<br /><br />Deve assinalar-se que a IUU (sigla em inglês de Pesca Ilegal, Não Declarada e Não Regulamentada) e a descarga de detritos estão ocorrendo também em outros países africanos. A Costa do Marfim é outra vítima importante da descarga tóxica internacional.<br /><br />Diz-se que os actos de pirataria realmente são actos de desespero e, como no caso da Somália, um homem transformado em pirata é ao mesmo tempo guarda-costas.<br /><br />Notas:<br />[1] <a href="http://www.wardheernews.com/Editorial/editorial_54.html" style="color: rgb(153, 153, 153); text-decoration: none; ">www.wardheernews.com</a><br /><br />Fontes:<br />Al Jazeera English, 11 de Outubro de 2008, “Toxic waste behind Somali piracy”, por Najad Abdullahi; Huffington Post, 4, de Janeiro de 2009, “You are being lied to about pirates”, por Johann Hari; e WardheerNews, 8 de Janeiro de 2009, “The Two Piracies in Somalia: Why the World Ignores the Other”, por Mohamed Abshir Waldo.<br /><br /><br />Traducción de Ernesto Carmona (especial para ARGENPRESS.info)<br />Fuente original: <a href="http://www.argenpress.info/2009/10/proyecto-censurado-los-piratas-somalies.html" style="color: rgb(153, 153, 153); text-decoration: none; ">www.argenpress.info</a>.<br /><br />Tradução de Guilherme Coelho, a partir do texto em espanhol publicado pela <a href="http://argenpress.info/" style="color: rgb(153, 153, 153); text-decoration: none; ">ARGENPRESS.info</a>.</p><p class="text_art" face="Arial, Helvetica, sans-serif" size="12px" style=" color: rgb(51, 51, 0); "><br /></p><p class="text_art" face="Arial, Helvetica, sans-serif" size="12px" style=" color: rgb(51, 51, 0); "><br /></p><p class="text_art" face="Arial, Helvetica, sans-serif" size="12px" style=" color: rgb(51, 51, 0); ">Fonte: <span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 255, 255); "><a href="http://www.odiario.info/articulo.php?p=1392&more=1&c=1">http://www.odiario.info/articulo.php?p=1392&more=1&c=1</a></span></p><p class="text_art" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; color: rgb(51, 51, 0); "><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><br /></span></p></span>Homens Felizeshttp://www.blogger.com/profile/01225962584727890289noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-15652373803249781582009-11-07T10:53:00.000+00:002009-11-07T10:54:05.597+00:00MUROS: Medo<object width="560" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/KqAZ9pN9-is&hl=en&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/KqAZ9pN9-is&hl=en&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object>7depaushttp://www.blogger.com/profile/09169241477746611205noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-77300765256849682152009-10-30T11:09:00.004+00:002009-10-30T11:09:00.539+00:00Muros: O salto na fronteira<center><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/nvlKhWoiN-4&hl=pt-br&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/nvlKhWoiN-4&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="25"></embed></object></center><br />"Pelo menos oito migrantes africanos morreram neste sábado, quando o barco frágil no qual tentavam chegar à costa espanhola virou, afirmou porta-voz do governo de Ceuta, enclave espanhol no norte da África.<br /><br />O barco foi encontrado perto da ilha espanhola de Perejil, oeste de Ceuta e próximo ao litoral marroquino, depois de uma hora de busca que começou após os imigrantes terem passado a localização da embarcação por rádio.<br /><br />Até agora, 11 pessoas foram resgatadas com vida, disse a porta-voz de Ceuta à Reuters.<br /><br />«Já foram encontrados corpos de oito migrantes, sete dos quais mulheres. A busca continua», afirmou ela.<br /><br /><p>Segundo a Cruz Vermelha, havia 60 pessoas no barco, mas o governo local não confirmou a informação."<br /></p><p align="right"><a href="http://noticias.uol.com.br/ultnot/reuters/2009/09/19/ult729u81816.jhtm">UOL Notícias</a></p><p align="left">"Um navio de patrulha espanhol se juntou neste domingo à operação de busca de dezenas de africanos desaparecidos depois que o barco no qual viajavam naufragou perto da ilha espanhola de Perejil, oeste de Ceuta, informou a mídia local. <br /><br />Ninguém estava disponível no Ministério da Defesa ou no gabinete do governo local de Ceuta para confirmar a informação.<br /><br />O frágil barco dos imigrantes foi encontrado no sábado perto de Perejil, no litoral do Marrocos, depois de uma hora de busca, iniciada quando os imigrantes informaram por telefone sua localização.<br /><br />Onze imigrantes, de um grupo de 40 a 60 que tentavam chegar à costa espanhola, foram encontrados com vida, enquanto oito corpos foram recuperados pela equipe de resgate formada por guardas civis, agentes da guarda costeira e da Cruz Vermelha."<br /></p><p align="right"><a href="http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/09/20/navio-espanhol-participa-de-busca-imigrantes-africanos-767695774.asp">Reuters/ Globo</a></p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08694954787136306322noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-22637094020847183882009-10-29T11:09:00.000+00:002009-10-29T11:09:00.135+00:00Muros: Ceuta e Melilla<div style="padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; width: 425px; padding-right: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; margin-right: auto; padding-top: 0px" id="scid:5737277B-5D6D-4f48-ABFC-DD9C333F4C5D:1b2823d6-fc56-443f-921b-7acfb009b5b2" class="wlWriterEditableSmartContent"><div id="0f44ce03-6061-40a0-8a83-7dd5d087f097" style="margin: 0px; padding: 0px; display: inline;"><div><a href="http://www.youtube.com/watch?v=B_2LlnmlS08&hl=pt-br&fs=1" target="_new"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjODbxlCUUSxzB3SWnKO7WcpNhNzP2QhJ0muwdqZKaKtoLF6Z_CYY9XpNNwubjmoqyxVeh0MBQKd1DiiJe2Qu2Dh5HEoBN8JuX6QU1iA000psd_cjM1d1ehNUW_0MvHkX4CGwnW/?imgmax=800" style="border-style: none" galleryimg="no" onload="var downlevelDiv = document.getElementById('0f44ce03-6061-40a0-8a83-7dd5d087f097'); downlevelDiv.innerHTML = "<div><object width=\"425\" height=\"355\"><param name=\"movie\" value=\"http://www.youtube.com/v/B_2LlnmlS08&hl=pt-br&fs=1&hl=en\"><\/param><embed src=\"http://www.youtube.com/v/B_2LlnmlS08&hl=pt-br&fs=1&hl=en\" type=\"application/x-shockwave-flash\" width=\"425\" height=\"355\"><\/embed><\/object><\/div>";" alt="" /></a></div></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08694954787136306322noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-35651333686012864122009-10-26T11:09:00.000+00:002009-10-26T11:09:02.332+00:00Muros - Egoísmo Urbano ou As Favelas dos Ricos"O crescente "enfavelamento" das urbanizações de luxo na Encosta do Bom Jesus pode tornar o local "repulsivo" e até "conflituoso". Este é o alerta preliminar de um estudo desenvolvido na Universidade do Minho.<br /><p>A investigação, que junta o geógrafo urbano Miguel Bandeira, o sociólogo Carlos Veiga e a arquitecta Patrícia Veiga, vai estender-se também à Encosta da Penha, em Guimarães, e ao Monte de Santa Luzia, em Viana do Castelo, naquele que pretende ser um contributo para o ordenamento do território, a partir doNoroeste.<br /></p>Numa primeira fase, foi estudado o fenómeno de Braga naquela que ficou conhecida como a "favela dos ricos", devido à predominância de moradores [com bons rendimentos]. As conclusões preliminares são demolidoras. <br /><p>"Ao aumentar o enfavelamento, começam já a surgir litígios entre os vizinhos. Mais construção significa mais caos e, ao tapar as vistas ou invadir o território do outro, a mais-valia que levou à escolha daquela área desqualifica as expectativas dos primeiros locatários", explica o geógrafo urbano, que acusa ainda a proliferação de vivendas de segunda linha, em banda, que surgem de uma cada vez mais elevada densidade de construção.<br /></p>"Onde cabe, constrói-se. Tudo isto vai gerar níveis de conflitualidade, tornando-se até repulsivo para os que lá moram", prevê, relembrando que o projecto científico, desenvolvido a partir de 50 inquéritos não tem um objectivo "moralizador", mas pretende ser um alerta académico para os decisores no que toca à deterioração previsível da qualidade de vida na colina, já por si acusada de ter arrasado um dos poucos pulmões da cidade. <br /><p>A "favela dos ricos", caracterizada pela construção assente em antigas quintas, cujo cadastro de caminhos rurais foi mantido, mostra já os seus efeitos negativos, com a confusão na gestão do tráfego. "Já não circulam por aqui tractores, o desenho das ruas devia ter sido pensado", diz. Há também riscos inerentes a ter em conta, nomeadamente a pavimentação de uma linha de água, que poderá ser "terrível", no caso de um desastre natural.<br /></p>Os autores referem que a construção naquela área teve custos sociais, para fazer chegar ali acima o saneamento, a luz, o que por si só justificaria um planeamento cuidado. Equação que devia estender-se às preocupações ambientais. Os moradores, maioritariamente na casa dos 50 anos, filhos de uma geração de operários, têm "bons salários", e conseguiram a ascenção social à custa de uma carreira. Conceberam eles próprios as casas (com áreas superiores a 350 m2), "subjugados à imagem e não à eficiência". "Os arquitectos apenas cumpriram o que foi idealizado. Não houve sensibilidade ambiental na concepção. Por exemplo, os jardins de tipo canteiro não compensam a perda da vegetação exuberante da Serra de Espinho", continua.<br /><p>Para Carlos Veiga, o fenómeno de migração para as colinas, e consequente abandono do centro urbano, promove uma certa "cultura de isolamento". "Não há relações de vizinhança, nem sentido de comunidade. Devido ao capital escolar dos moradores, 80% dos quais são licenciados, podia haver um certo rendimento para a freguesia, mas não se verifica", esclarece."<br /></p><p align="right"><a href="http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Braga&Concelho=Braga&Option=Interior&content_id=1146527">Jornal de Notícias</a></p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08694954787136306322noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-73971364723012519032009-10-25T11:09:00.002+00:002009-10-28T00:14:10.970+00:00Muros: Abuso do poder<p>"<b>Nixon</b>: Não há nada de novo que tenha grande importância, pois não? <br />Kissinger: Nada com grandes consequências. A coisa chilena está a ser consolidada e claro, os jornais não falam de outra coisa, porque um governo pró-comunista foi deposto. <br /><b>Nixon</b>: Quem diria, quem diria. <br /><b>Kissinger</b>: Quer dizer, em vez de celebrar - no período do Eisenhower seríamos heróis. <br /><b>Nixon</b>: Bom, nós não - como tu sabes - a nossas mão não se mostrou desta vez, no entanto. <br /><b>Kissinger</b>: Nós não o fizemos. Quer dizer, ajudámo-los. [algo inintelegível] criámos as melhores condições possíveis. <br /><strong>Nixon:</strong> É verdade. E é assim que vai ser de agora em diante."<p align="right"><a href="http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB123/chile.htm">The Kissinger Telcons on Chile, </a></p><p align="right"><a href="http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB123/chile.htm">The National Security Archive, George Washington University</a></p><p align="left"><br />"<b>Nixon</b>: (...) Tu sabes o que eles estão a fazer [no Cambodja] Henry. É horrível o que a Força Aérea está a fazer. Não estão a fazer nada que valha um chavo.<br /><b>Kissinger</b>: Não são imaginativos.<br /><b>Nixon</b>: Bom, não só não são imaginativos como estão apenas a fazer o mínimo - a bombardear selvas. Você sabe. Têm que apostar mais, e eu quero dizer apostar verdadeiramente. Não quero helicópteros leves equipados com armas, quero porta-helicópteros. Quero tudo o que possa voar e dar cabo daquilo tudo. Não há limite de milhagem nem de orçamento. Está percebido?<br /><b>Kissinger</b>: Sim, Sr. Presidente."<br /></p><p align="right"><a href="http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB123/#new">The Kissinger Telcons, </a></p><p align="right"><a href="http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB123/#new">The National Security Archive, George Washington University</a></p><a href="http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB123/#new"></a><a href="http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB123/#new"><br /></a>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08694954787136306322noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-59269290811271141272009-10-22T11:09:00.000+01:002009-10-22T11:09:00.579+01:00Muros: Em Baghdad"As tropas norte-americanas na capital do Iraque, Baghdad, estão a construir um muro à volta do distrito Sunita de Adhamyia, que está rodeado de comunidades Xiitas.<br /><P>Os 5km de muro de cimento são parte da estratégia para "quebrar o ciclo de violência sectária", disse um porta-voz dos E.U.A."<br /></P><P align="right"><A href="http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/6577529.stm">21/04/2007, BBC News</A></P><P align="left">"O exército americano diz que o muro em Baghdad procurar proteger a minoria Sunita na comunidade de Azamiyah, que «tem estado presa numa esperial de violência sectária e retaliação.» A área, localizada no lado este do rio tigre, seria completamente vedada, com entradas e saídas controladas por soldados iraquianos, o exército americano disse já esta semana.<br /></P><P align="left">Mas alguns habitantes do bairro, que está rodeado por áreas Xiitas, queixam-se de não ter sido consultados quanto à construção do muro.<br /></P><P align="left">«Isto vai fazer de toda esta zona uma prisão. É um castigo colectivo aos habitantes de Azamiyah,» disse Ahmed al-Dulaimi, um engenheiro de 41 anos que vive na zona. «Vão castigar-nos a todos por causa de uns quantos terroristas aqui e ali.»"<br /></P><P align="right"><A href="http://www.foxnews.com/story/0,2933,267645,00.html">22/04/2007, Fox News</A></P><P align="left">«A nova era do muro começou. Fossos e fortalezas de pedra, olhadas até recentemente como relíquias nacionais e atrações turísticas, estão de volta com a vingança na "guerra global ao terror." (...)</P><P align="left">O muro de Baghdad é apenas uma corrente de cercas e sebes e outras soluções de engenharia semelhantes para manter as pessoas separadas, para sua própria protecção e benefício dos governantes.<br /></P><P align="left">O negócio da resolução de conflitos está em declínio, e a indústria do cimento está a tomar o seu lugar.»</P><P align="right"><A href="http://www.guardian.co.uk/world/2007/apr/24/iraq.julianborger">24/04/2007, The Guardian</A></P>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08694954787136306322noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-83264234350878974172009-10-21T11:09:00.000+01:002009-10-21T11:09:00.482+01:00Muros: A necessidade de um falso sentido de protecção<p><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://rmfo-blogs.com/karibeth/wordpress/wp-content/uploads/snowfort.gif"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 465px; height: 154px;" src="http://rmfo-blogs.com/karibeth/wordpress/wp-content/uploads/snowfort.gif" border="0" alt="" /></a></p><p></p><p><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.calvinminushobbes.net/wp-content/uploads/19851222.gif"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 600px; height: 428px;" src="http://www.calvinminushobbes.net/wp-content/uploads/19851222.gif" border="0" alt="" /></a><br /></p><p align="right">Calvin&Hobbes, de Bill Watterson</p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08694954787136306322noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-59322356653424854002009-10-18T11:09:00.001+01:002009-10-18T11:09:00.372+01:00Muros: O muro das lamentações<div style="padding-bottom: 0px; margin: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; display: inline; float: none; padding-top: 0px" id="scid:84E294D0-71C9-4bd0-A0FE-95764E0368D9:bd1e29d3-c6c4-4eb1-b48d-215aa4aa4ed4" class="wlWriterEditableSmartContent"><a href="http://www.bing.com/maps/default.aspx?v=2&cp=31.77761~35.23457&lvl=15&style=h&mkt=en-us&FORM=LLWR" id="map-dad21f81-5b68-457a-b7f2-eb8d75ac7b31" alt="Ver mapa" title="Ver mapa">Ver mapa</a></div> <p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSgjCHoQ5rAj6dbfV4sEePlIDmlqli2XYWXhsfp_kBU4Mmpvt7tKgigB5ysXUY54VQRB5sdsE3oorfizPxgLrPqwc-S9rU915KwKw0hyphenhyphentgjg6GjDe5nRY1KTtCvOYhK3_O0MB8/s1600-h/Lamentacoes1%5B4%5D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="Lamentacoes1" border="0" alt="Lamentacoes1" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3Hx8h4gfAd7te_iMo60SfZNfSm1qA6JoPRCV6V6H1yr1OmXjsnZZTfveMCyYAIV_CW_-ni2704fqjMV0LJttAWDyvKvVnPc7GPMIf0RJ0DNFnSk6yX925xgt_a1hiCLpRjynS/?imgmax=800" width="640" height="434" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijNymAhxTOjVu_O-xxzY6bdG5dj8NEyFGAQK5mszF-l5HL0kVikb3oUU6riYEsCLYHPWFe9dzxB4hzKnYtCWgAtWCqBo5txrX-JkrMub0A55_sLuq7CSJPMpz63U0RFDVq0n77/s1600-h/Lamentacoes2%5B4%5D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="Lamentacoes2" border="0" alt="Lamentacoes2" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUXW6pqOZD8jg49f2Jsm6hvVKOiymwVsG42GsvzKiIrBLKrL32ZQEUe1oGYMAPLp0CzKs-hZV1HrRPvVI9SVQfU5IrXXPL6c_iknTp4zY6-ae69WN3Io0kd3ZMa4uMStKBEw12/?imgmax=800" width="640" height="434" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAcQiojZhIbFVUrqKL_WhhSxr1rAVv7DOT2xBAzfGiWSRfKxyHqKjNcNAONdQ_3DDLzTP1K-bywuoIeKnrqLKfc7adMn0vyh3JDOOHkk8AF9kQ6q0vUkh8dzkOOyF9Fsbnb3SS/s1600-h/Lamentacoes5%5B4%5D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; border-top: 0px; border-right: 0px" title="Lamentacoes5" border="0" alt="Lamentacoes5" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkTZ8tG1cguCI8Vk0SY_4B60iBjqpK-VvthZpN1APtCkCMvGo2MZE_BP_FBln2sKNTRdpOimfATVahBEx_jUuzbKBVQg0OE-BQ9ZiyHcMUo3_BDHvSx2CjGhYFHU3xlYKOr6XA/?imgmax=800" width="640" height="426" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjfSlDha9T_GEQZQ5yWqH5fd3OkG2kDwjuH6XouK3YpxQB2euWPfdUonDqld9g1Ff_eB9WtIoNVWZY0GPqPZGC0aDW8SVFDwzQkIcNrbX6VvFGtLSOZ5sQa3T6TZqkpdva-yYj/s1600-h/Lamentacoes3%5B4%5D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="Orthodox Jews praying at the western wall - also known as the wailing wall - in the Old City. Jerusalem, Israel, 2005© S.Langdon / Exile Images" border="0" alt="Orthodox Jews praying at the western wall - also known as the wailing wall - in the Old City. Jerusalem, Israel, 2005 © S.Langdon / Exile Images" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjImEp_jrxclzqEtejYrfHXv-YKUtZS1_SMy9j41yOqU_X2MCd66f09HGLT-z-9CZCDDJDFszGBm5_X9wpYaoZHJuoS0HLjJWvGYuhaudhcPOxQUgPLmuZuOkTbp0SUag54t0-x/?imgmax=800" width="640" height="424" /></a></p><p>"O Primeiro Templo, ou Templo de Salomão, foi construído no século X a.C., e derrubado pelos babilónios em 586 a.C.. O Segundo Templo, entretanto, foi construído por Esdras e Neemias na época do Exílio da Babilónia, e voltou a ser destruído pelos romanos no ano 70 da nossa era, durante a Grande Revolta Judaica. Deste modo, cada templo esteve erguido durante uns 400 anos.<br /></p><p>Quando as legiões do imperador Tito destruíram o templo, só uma parte do muro exterior ficou em pé. Tito deixou este muro para que os judeus tivessem a amarga lembrança de que Roma vencera a Judeia (daí o nome de Muro das Lamentações). Os judeus, porém, atribuíram-no a uma promessa feita por Deus, segundo a qual sempre ficaria de pé ao menos uma parte do sagrado templo como símbolo da sua aliança perpétua com o povo judeu. Os judeus têm pregado frente a este muro durante os derradeiros dois milénios, crendo que este é o lugar acessível mais sagrado da Terra, já que não podem aceder ao interior da Esplanada das Mesquitas, que seria ainda mais sagrado.<br /></p><p>(...)</p><p>O Muro das Lamentações é sagrado para os judeus devido a ser o último pedaço do muro que rodeava o Templo pelos lados sul e leste. Alem disso, o Muro é o lugar mais próximo do sancta sanctorum ou lugar "sagrado entre os sagrados" (1 Reis 8:6-8). Das três secções do muro, a do leste, do sul e do oeste, a do oeste é o lugar tradicional de oração (daí o seu nome em hebraico, Hakótel Hama'araví, "o Muro Ocidental").<br /></p><p>Na Esplanada das Mesquitas, rodeada pelo Muro, os muçulmanos construíram ao longo dos séculos a Cúpula da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa."<br /></p><p align="right"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Muro_das_Lamentações">Wikipedia</a></p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08694954787136306322noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-18802800943685244102009-10-17T11:09:00.002+01:002009-10-17T11:09:00.251+01:00Muros: O sistema<p><strong>My Life</strong><br /></p>My life I no longer love<br />I’d rather be set free above<br />Get it over with while the time is right<br />Late some rainy night<br />Turn black as the sky and as cold as the sea<br />Say goodbye to Ashley<br />Miss me but don’t be sad<br />I’m not sad I’m happy and glad<br />I’m free, where I want to be<br />No more caged up Ashley<br />Wishing I were free<br />Free like a bird.<br /><p align="right">Ashley Smith, 18 anos de idade, 1/10/2006, New Brunswick Youth Centre,<br /></p><p align="right"><a href="http://www.gnb.ca/ombudsman/pdf/ashleysmith-e.pdf">Relatório sobre Ashley Smith</a></p><p>"Como é que uma rapariga que tirava barras de cereais de casa para dar de comer a um homem sem-abrigo, coleccionava seixos da praia e devorou os primeiros cinco livros do Harry Potter acaba morta no chão de uma prisão federal aos 19 anos?</p><p>Desde que Ashley Smith se estrangulou com uma peça de roupa na manhã de Sexta, 19 de Outubro de 2007, numa cela de solitária enquanto sete guardas na Grand Valley Institution de Kitchener - aos quais foi ordenado não intervir - observavam, os relatórios do governo têm tentado responder a esta questão.<br /></p><p>Dois anos depois, a sua família e os crítimos do sistema correccional ainda estão à procura de respostas.</p><p>A investigação em curso do The Star revela como os sistemas correcionais quer regionais quer federais maltrataram Smith ao serem incapaz diagnosticar-lhe a doença mental que estava a desenvolver. Documentos da prisão e do tribunal mostram como as outroras suaves queixas da jovem quanto ao tratamento inumano de que era alvo foram largamente ignoradas e como ela acabou por se sentir como um "animal enjaulado".<br /></p><p>(...)</p><p>Smith não parecia muito diferente das outras crianças. Ela fez babysitting, jogou basquetebol e hóquei, aprendeu caiaque, e nunca se ajeitou com o esqui de fundo.</p><p>Quando chegou a puberdade, algo mudou. Aos 12, Smith foi suspensa por seis meses, depois dela e de uma amiga terem sido apanhadas a comprar marijuana na escola. Ela começou a "armar-se", a jogar o "jogo da galinha", caminhando na rua no sentido contrário ao do tráfego. Aos 15, uma avaliação psicológica propunha aconselhamento por <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Oppositional_defiant_disorder">distúrbio de oposição desafiante</a>. </p><p>Não muito depois, foi presa por quatro meses no centro de correcção juvenil New Brunswick Youth Centre em Miramichi por atirar maçãs a um trabalhador dos correios, que ela acreditava estar a reter os cheques da segurança social dos seus vizinhos.</p><p>Quatro meses tornaram-se em quase quatro anos, feitos principalmente em segregação, em oito instituições. </p><p>Durante os primeiros dois anos, uma fugitiva chamada Jessica Fair partilhou a parede de uma cela com Smith no centro de correcção. <br /></p><p>«Tinhamos feito um buraco na parede para poder falar uma com a outra», disse ela. «Não nos conheciamos ainda, por isso tinhamos muitos tópicos sobre os quais conversar.»<br /></p><p>Quando Fair arranjou problemas com os guardas e perdeu privilégios como o de ir à biblioteca da prisão, Smith iria requisitar um livro e ler-lho através da minúscula fenda que tinham escavado na parede calafetada. Vice-versa quando Smith perdia os seus privilégios.</p><p>«Lemos todos os livros do Harry Potter até ao Príncipe Meio-Sangue.» diz Fair, 20 anos, que agora vive em Moncton com o namorado e o seu filho de seis semanas, Ashton.</p><p>(...)</p><p>Ela acumulou pilhas de novas acusações no centro, relacionadas com agressãos menores aos guardas e alguns "números" como fazer disparar aspersores e alarmes de incêndio ou cobrir a janela da sua cela prisional com tiras de papel higiénico</p><p>«No centro de detenção, ela nunca se dirigiu intencionalmente a um guarda para o agredir», disse Fair de Smith. «Era sempre quando eles estavam na sua cela - e nunca é só um guarda que vem até à tua cela - são tipo oito, nove, 10 numa cela muito, muito pequena. Por isso é claro que tu vais estar a esbracejar. E se tu bateres em alguém enquanto estás a esbracejar e tentar afastares-te, eles lançam-te uma nova acusação.»</p><p>Ela tinha sido coagida através de Tasers e gás-pimenta e presa dos pés à cabeça numa espécie de casulo a que o centro chama cobertor. Um supervisor requeriu a sua libertação antecipada para passar à custódia federal.</p><p>Foi dito a Smith e Gorber que são uma das poucas famílias em New Brunswick que são uma das poucas famílias que contratou um advogado para bloquear a transferência de um jovem.</p><p>Não resultou. (...)<br /></p><p>Smith entrou na custódia federal na Nova Institution em Truro, N.S., em Outubro de 2006.</p><p> O The Star obteve cópias de queixas manuscritas por Smith durante enquanto esteve na Nova. Ela queixou-se de ter apenas dois tampões por dia durante o período menstrual, e apenas quatro quadrados de papel higiénio por utilização, e ser privade de papel e caneta. (...)<br /></p><p>«Nós não fazíamos ideia», diz Coralee Smith. «Penso que algumas pessoas vêem a situação e dizem. «Oh, eles devem ter sabido. Onde estavam os pais?»</p><p>«E eu estou a pensar, não fazíamos ideia -uma vez que o nosso filho entra no sistema, perde-se completamente o controlo. Fica-se sem nada.»<br /></p><p align="right"><a href="http://www.thestar.com/news/canada/article/708429--how-this-generous-girl-became-a-caged-animal">The Toronto Star</a></p><p>"Com as suas unhas saídas da manicure, uma charmosa cruz a baloiçar-lhe no pescoço e uns óculos modernos sobre o nariz, Corry Grunsky é de novo a mulher de outrora - uma mãe dequatro que trabalha como gerente de restaurante.<br /></p><p>Depois aponta para o retrato do seu cadastro criminal.<br /></p><p>Os seus olhos são duros, os seus lábios ressequidos, a sua pele amarelada e o seu cabelo curto e castanho uma confusão. A sua figura normalmente bem constítuida de 1,75m, tinha sido encolhida para um "palito" de 56 kg.<br /></p><p>A foto foi tirada a 27 de Dezembro de 2001, quando a dupla vida de Ms. Grunsky como viciada em metanfetaminas e uma dealer de sucesso, traficando o flagelo das Pradaarias Canadianas para uma rede de dealers de sgunda dos arredores de Edmonton, chegava abruptamente ao fim. As drogas tinham-se tornado no seu apoio - e no seu meio de subsistência - desde que tinha sido diagnosticada com depressão, desordem bipolar e déficite de atenção por hiperactividade.</p><p>A polícia, que a perseguia há anos, usou de um aríete para entrar em sua casa. Os procuradores fizeram com que as acusações de posse e tráfico de droga seguissem em frente. E Ms. Grunsky, com o seu vício e os seus múltiplos demónios psicológicos, juntou-se à legião de doentes mentais canadianos para quem a prisão se tornou num novo asilo.</p><p>«Eles deviam dar-nos programas de tratamento, nós estamos encarcerados de qualquer forma, portanto porque é que não temos um programa que nos ajude a adaptar?» disse Ms. Grunsky, agora 54, apesar de tudo, sóbria e parte de um programa universitário sobre psicologia e trabalho social. «...A minha pena na penitenciária federal foi uma anedota; uma anedota completa.» </p><p>É a insanidade da política pública, um sistema judicial que faz as pessoas entrar</p><p>em num ciclo de polícia, tribunais e prisões, sem tratar as doenças que lhes estão subjacentes.»</p><p align="right"><a href="http://v1.theglobeandmail.com/servlet/story/RTGAM.20080626.wmhprisons26/BNStory/mentalhealth/?pageRequested=all">The Globe And Mail</a></p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08694954787136306322noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-9311148451308409842009-10-16T11:09:00.000+01:002009-10-16T11:09:00.148+01:00Muros: A ganância pelo poder<center><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/7Sh74mk7VM8&hl=pt-br&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/7Sh74mk7VM8&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><p><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/WXF-zX8YfVk&hl=pt-br&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/WXF-zX8YfVk&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /></center>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08694954787136306322noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-64936588755437490352009-10-15T11:09:00.002+01:002009-10-15T11:09:00.228+01:00Muros: A solidão"O número de pessoas que vivem sozinhas, sem família ou companheiro(a) é cada vez maior nas grandes cidades da Europa e da América. Segundo alguns psicólogos, este grupo está mais exposto a sofrer de doenças físicas e psíquicas, o seu sistema imunológico mostra-se menos estável, menos forte e mais propício a contrair doenças crónicas.<br /><p>Os homens divorciados contraem três vezes mais doenças do que os casados e o índice de mortalidade masculina depois da viuvez regista um aumento de 40 por cento, segundo revela a revista austríaca Medizin Populaer, sendo o enfarte a causa mais comum. Entre as viúvas, a principal causa de morte é o cancro e muitas morrem no ano seguinte ao falecimento do cônjugue. O extremo stress que representa a perda do cônjugue faz com que muitos percam a alegria de viver. Além disso, muitas pessoas deprimidas alimentam-se mal e algumas, em especial os homens, procuram consolo no consumo excessivo de álcool.<br /></p><p>De acordo com Georg Gaul, da Sociedade Austríaca de Cardiologia, citado pela agência Efe, o risco de morte das pessoas que vivem sozinhas é o dobro das que permanecem acompanhadas. Perante o seu isolamento, muitos acomodam-se e acabam por adoecer com frequência, vitimados por úlcera no estômago, problemas no fígado e no aparelho digestivo, associados a uma crónica dor de cabeça.<br /></p><p>Hans Joachim Fuchs, especialista austríaco em clínica geral, garante que vê diariamente pacientes vítimas de síndromes de solidão e de problemas de convivência, entre cujas causas está o prolongado período que viveram «debaixo das saias da mãe», o que os leva a uma maior dependência emocional dos seus pais e a uma maior dificuldade em se atirarem para o mundo de uma forma mais independente."<br /></p><p align="right"><a href="http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=591870">Diário de Notícias</a></p><p>"Quase 40 por cento dos portugueses a partir dos 65 anos passam oito ou mais horas dos seus dias sozinhos. «A solidão dos nossos idosos é assustadora», constata Anabela Mota Pinto, uma das autoras de um estudo nacional que define o perfil de envelhecimento da população portuguesa, da autoria de médicos da Faculdade de Medicina de Coimbra, em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa da Universidade Nova de Lisboa. O estudo sairá em livro no próximo mês.</p><p>(...)</p><p>Se é verdade que 24,85 por cento dos inquiridos com mais de 65 anos vivem sozinhos, são bastantes mais as pessoas desta idade (36,5 por cento) que passam os seus dias sozinhos durante oito ou mais horas por dia. A coordenadora do estudo e professora da Faculdade de Medicina de Coimbra, Catarina Oliveira, afirma que «a solidão no idoso é um factor com grande peso negativo na sua vida», porque «compromete a parte emocional: a pessoa alimenta-se pior, deixa de cozinhar para si, em vez de comer sopa come pão...».<br /></p><p>(...)</p><p>O curioso é que o estudo até demonstra que os inquiridos mantêm bons índices de autonomia - cerca de 80 por cento não precisam de ajuda nas suas tarefas diárias - e "boa cabeça"- só 5,8 por cento dos analisados tiveram uma avaliação cognitiva "desfavorável" -, mas, depois, "passam horas e horas sozinhos", em vez de terem uma intervenção na sociedade e serem aproveitados para ajudar, nota a médica."<br /></p><p align="right"><a href="http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1318555&idCanal=62">Público</a></p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08694954787136306322noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-79344720514764236832009-10-14T11:09:00.001+01:002009-10-14T11:09:00.751+01:00Muros: Leis de imigração dos E.U.A.<p><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.claybennett.com/images/archivetoons2/us_border.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 423px; height: 300px;" src="http://www.claybennett.com/images/archivetoons2/us_border.jpg" border="0" alt="" /></a></p><p align="right"><a href="http://www.claybennett.com/pages2/us_border.html">Clay Bennett</a></p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08694954787136306322noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27871243.post-72451111378783159122009-10-13T11:09:00.000+01:002009-10-13T11:09:00.505+01:00Muros: A burocracia<center><object width="425" height="344"><embed src="http://www.youtube.com/v/4Gdw5oem_NU&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object></center><br /><p>"Um cidadão português, que sempre desejou ter uma casa com vista para o Tejo, descobriu finalmente umas águas-furtadas algures numa das colinas de Lisboa que cumpria essa condição. No entanto, uma das assoalhadas não tinha janela. Falou então com um arquitecto amigo para que ele fizesse o projecto e o entregasse à câmara de Lisboa, para obter a respectiva autorização para a obra. O amigo dissuadiu-o logo: que demoraria bastantes meses ou mesmo anos a obter uma resposta e que, no final, ela seria negativa. No entanto, acrescentou, ele resolveria o problema. Assim, numa sexta-feira ao fim da tarde, uma equipa de pedreiros entrou na referida casa, abriu a janela, colocou os vidros e pintou a fachada. O arquitecto tirou então fotos do exterior, onde se via a nova janela e endereçou um pedido à CML, solicitando que fosse permitido ao proprietário fechar a dita cuja janela. Passado alguns meses, a resposta chegou e era avassaladora: invocando um extenso número de artigos dos mais diversos códigos, os serviços da câmara davam um rotundo não à pretensão do proprietário de fechar a dita cuja janela. E assim, o dono da casa não só ganhou uma janela nova, como ficou com toda a argumentação jurídica para rebater alguém que, algum dia, se atreva a vir dizer-lhe que tem de fechar a janela!"</p><p align="right"><span style="font-size:85%;">(Não sei a origem desta história, que tem passado de mail em mail,<br />embora uma pesquisa no Google aponte para uma antiga crónica<br />de Nicolau Santos no Expresso Online)</span></p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08694954787136306322noreply@blogger.com0